Pré-História
A Pré-História é uma área interdisciplinar que estuda temas relativos à passagem dos hominídeos ao homem ou à civilização humana propriamente dita.
A Pré-História é uma área interdisciplinar que estuda temas relativos à passagem dos hominídeos ao homem ou à civilização humana propriamente dita.
Os hominídeos mais antigos são do gênero Ardipithecus e Austrolopithecus. O Ardipithecus ramidus, por exemplo, tem sua presença na Terra, confirmada por especialistas, variando entre 5 e 4 milhões de anos. Já a do Australopithecus afarensis varia entre 3,9 e 3 milhões de anos. As feições e modos de comportamento desses hominídeos eram bem menos versáteis que do gênero Homo que viria depois. A atuação do Homo habilis, por exemplo, variou entre 2,4 a 1,5 milhões de anos. A do Homem erectus, entre 1,8 milhão a 300 mil de anos. Já a do sucessor desse último, Homo neanderthalensis, variou entre 230 e 30 mil anos. O Homo sapiens, que constitui o ser humano tal como o conhecemos hoje, apareceu, provavelmente, há cerca de 120 mil anos, como uma variação do Homo neanderthalensis.
De forma geral, esses grupos de hominídeos são classificados como caçadores e coletores, isto é, não possuíam fixidez de território. Eram, basicamente, praticantes do nomadismo. A arqueologia e a história costumam, por meio de sistemas de datação, como o do Carbono 14 e da termoluminescência, dividir a ação desses hominídeos nas seguintes fases: o Paleolítico, ou Idade da Pedra Lascada, e o Neolítico, ou Idade da Pedra Polida. Essas divisões ocorrem também por meio do grau de domínio da tecnologia rústica. O uso de artefatos como pedra, madeira, pedaços de ossos e cerâmica é determinante para tal classificação.
A última fase da Pré-História seria a Idade dos Metais, que corresponde ao período em que o homem passou a ter um pleno domínio do fogo e começou a fazer a fusão de metais, obtendo o bronze, por exemplo. Esse período data de 6 a 5 mil anos atrás e coincide com o aparecimento das primeiras civilizações.
Outro ponto a destacar-se com relação à Pré-História e aos documentos estudados por especialistas dessa área é a Arte Rupestre (ver imagem no topo da página), que comporta os primeiros símbolos e registros da ação do Homem, possuindo assim um valor inestimável.
A partir de 15 de novembro de 1889, o Brasil adotou o modelo republicano como forma de governo. O período conhecido como República Velha durou de 1889 até 1930. Historicamente, este período é chamado de República Velha em contraposição ao período pós-revolução de 1930, que é visto como um marco na história da República, uma vez que provocou grandes transformações no Estado brasileiro.
Podemos dividir a República Velha em dois períodos:
Neste texto trataremos da transição da monarquia para a República, os fatores econômicos e políticos da época.
A passagem do Império para a República não foi marcada por uma grande revolução nem por uma significativa participação popular. O processo de transição aconteceu por meio de um golpe militar, que foi favorecido por alguns fatores importantes:
O historiador Boris Fausto considera a transição entre a Monarquia a República como “quase um passeio”. Já o historiador Caio Prado Júnior afirma o seguinte: “Não que a proclamação da República tivesse profundezas políticas ou sociais; a mudança de regime não passou efetivamente de um golpe militar, com o concurso apenas de reduzidos grupos civis e sem nenhuma participação popular”. Isto é, a leitura dos historiadores é de que a queda da monarquia brasileira ocorreu por disputas de interesses entre as elites nacionais, não pelo clamor popular em deixar de ser governado por uma Família Real. As disputas entre a Igreja e o Estado e a abolição da escravatura contribuíram para que o golpe militar ocorresse, mas tiveram menor importância no processo.
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A economia brasileira sempre esteve ligada à origem de nossa colonização. Desde a época Colonial (1500-1822), passando pelo período Imperial (1822-1889) até a República Velha (1889-1930), a economia brasileira dependeu quase que exclusivamente do bom desempenho de suas exportações, as quais, durante todo período, restringiam-se a algumas poucas commodities agrícolas, ou seja, produtos com baixo valor agregado como a soja, o milho e outros grãos, quando exportado In natura, sem nenhum processamento.
Não havia a preocupação com o mercado interno, já que até 1888 o Brasil ainda adotava a mão-de-obra escrava em praticamente toda a produção. Os principais produtos destinados à exportação foram: açúcar, algodão, café e borracha. Em 1900, o café representava 65% das exportações brasileiras seguido pela borracha, com 15%, e o Açúcar com 6%. A República Velha pode ser considerada o período áureo da economia cafeeira agroexportadora, que favoreceu à acumulação de capital dos grandes produtores de café, e consequentemente o surgimento a indústria em nosso país.
O grande problema econômico que a República herdou do Império foi a crise financeira. Caio Prado Júnior afirma que “a origem dessa crise financeira, embora complicando-se depois com outros fatores, está no funcionamento do sistema monetário e no sempre recorrente apelo a emissões [de papel moeda] incontroláveis e mais ou menos arbitrárias de que o passado já dera, como vimos, tantos exemplos.”
O que o historiador busca explicar é que a política econômica dos governos estava alicerçada na emissão de papel-moeda, o que acaba gerando inflação, e no aumento da dívida pública. Essas ações não resolviam o problema, mas geravam mais inflação e instabilidade social para os governantes republicanos.
Há de se destacar também que os anos iniciais da República brasileira, marcam o início da nossa industrialização, pois a proximidade entre o governo republicano e os grandes produtores de café proporcionaram o surgimento da indústria nacional. Nas palavras do professor João Manuel Cardoso de Mello, “o período que se estende de 1888 a 1933 marca, portanto, o momento de nascimento e consolidação do capital industrial.”
Com o fim do Império, os vários grupos que disputavam o poder e seus interesses diversos não conseguiam se entender sobre qual seria a melhor forma de organizar a República brasileira. Os representantes da elite nacional, situados em São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul, defendiam a ideia de República Federativa, visando maior autonomia às unidades regionais. Alguns grupos defendiam o modelo liberal, era o caso do PRP, Partido Republicano Paulista e também de alguns políticos mineiros.
A base da República seria constituída de cidadãos, que seriam representados por quem dirige o Estado – presidente e congresso eleitos. Havia também um grupo que defendia as ideias positivistas, como os republicanos gaúchos, que acreditavam que uma República forte seria o melhor sistema de governo a ser seguido, sob o comando de Júlio Castilhos. Assim, o Rio Grande do Sul se tornou a principal região de influência do positivismo. Dentre os militares, também havia divergências: o Exército foi o grande defensor da República, enquanto a Marinha era vista como ligada à Monarquia.
O Positivismo teve grande influência em nossa recém proclamada República. Embora Floriano Peixoto não fosse positivista, os oficiais que o cercavam tinham forte influência desses ideais. Afinal, as ideias positivistas dialogam com uma República de “ordem e progresso”. Ao fazer uso do lema “ordem e progresso” na bandeira do Brasil, os republicanos diziam à população brasileira que, para haver progresso, seria necessário ter a “ordem”, ou seja, todos deveriam respeitar e aceitar as regras impostas pelo governo. Na bandeira nacional, lê-se a máxima política positivista de Auguste Comte: “ O Amor por princípio e a Ordem por base; o Progresso por fim”, representando as aspirações a uma sociedade justa, fraterna e progressista.
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Nome completo: Manoel Deodoro da Fonseca
Nascimento: nascido na cidade de Alagoas, atual Marechal Deodoro, estado de Alagoas, em 5 de agosto de 1827.
Falecimento: Rio de Janeiro (DF), em 23.08.1892
Profissão: Militar
Período de Governo (Governo Provisório): 15.11.1889 a 25.02.1891
Idade ao assumir: 62 anos
Tipo de eleição: indireta
Posse: em 15.11.1889, perante a Câmara Municipal
Com a proclamação da República, seria necessária uma nova Constituição que fosse republicana, já que a Constituição de 1824 assegurava o imperialismo como forma de governo. No período entre a proclamação da República e promulgação da Constituição republicana, que ocorreu apenas em 24 de fevereiro de 1891, o Brasil foi governado provisoriamente pelo Marechal Deodoro da Fonseca. O Congresso elegeu Deodoro à presidência e Floriano à vice-presidência.
Havia grande disputa de interesse no início da era republicana, o que fez com que o governo de Deodoro não fosse fácil. A mudança de regime também provocou instabilidade internacional: a Inglaterra recebeu com restrições a proclamação da República, já os Estados Unidos recebeu com entusiasmo. De certa forma houve um deslocamento no eixo da diplomacia brasileira, aproximando o país dos interesses dos Estados Unidos.
O Ministério da Fazenda no governo provisório foi assumido por Rui Barbosa, que baixou vários decretos visando o aumento do valor de moeda e facilitou a criação de sociedades anônimas. Muitas empresas foram criadas, alguma reais outras fantásticas, parecia que a República seria o “reino dos negócios” devido à expansão do crédito. Por esse motivo, o ano inaugural da nossa República foi marcado por uma febre de negócios, favorecendo a especulação financeira que ficou conhecida como Encilhamento. O Encilhamento é considerada uma das maiores crises financeiras que o Brasil passou. Houve forte procura por empréstimos bancários, o que forçou o governo a injetar grande volume de dinheiro na economia, ocasionando desvalorização da moeda nacional.
No início de 1891 veio a crise, várias empresas foram à falência, assim como alguns bancos e houve queda no preço das ações. A moeda brasileira, que naquela época era cotada em Libra inglesa, começou a despencar. Em plena crise do Encilhamento, o Congresso elegeu Deodoro à presidência da República, para o primeiro governo constitucional em nossa República, assunto que abordaremos no próximo texto.
História do Brasil – Proclamação da República; Governo Federal – Brasil República; Influência positivismo no Brasil.
KOIFMAN, Fabio. Presidentes do Brasil / Departamento de Pesquisa da Universidade Estácio de Sá; – São Paulo: Cultura,2002.
FAUSTO, Boris. História do Brasil – 2.ed São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo: Fundação do Desenvolvimento da Educação, 1995.
FURTADO, Celso. Formação Econômica do Brasil. -34.ed. – São Paulo: Companhia das Letras, 2007.
GREMAUD, Amaury Patrick; VASCONCELLOS, Marco Antonio Sandoval; TONETO, Rudinei. Economia Brasileira e contemporânea. -7.ed. – São Paulo: Atlas, 2014
MELLO, João Manuel Cardoso de. O Capitalismo Tardio. 3. ed. São Paulo: Brasiliense, 1984. 182 p.
PRADO JÚNIOR, Caio. História Econômica do Brasil. 43. ed. São Paulo: Brasiliense, 2012. 364 p.
Essas áreas foram concentradas, gerando um êxodo rural. Já que os camponeses não possuíam mais espaços naquele território, eles passaram a ir para a cidade, em busca de novos trabalhos, a exemplo das manufaturas têxteis.
Como nada é por acaso, na maior parte das terras que foram vendidas havia uma grande criação de ovelhas, para a produção de lã, que eram vendidas para as cidades onde se instalavam as produtoras têxteis. Então, uma servia de matéria-prima para a outra, que gerou em seguida os primeiros indícios da Revolução Industrial.
Com uma duração de quase 50 anos, entre 1642 e 1689, as Revoluções Inglesas foram cercadas por quatro momentos específicos. Esse período foi considerado a primeira grande revolução da burguesia dentro da Europa e o início de uma mudança de tempos que questionava o Absolutismo e a nobreza no poder.
Tudo começou com a morte da rainha Elisabeth I, conhecida como a rainha virgem, pois não havia gerado um sucessor. Foi então que se iniciou uma nova era, a da dinastia Stuart.
O primeiro rei a governar nessa época foi o Jaime I. A princípio, ele começou a inserir diversas mudanças que não agradaram ao Parlamento, nem tão pouco a sociedade. A primeira dela foi a chamada Intolerância Religiosa. Por ter influências católicas, ele não permitia o Calvinismo, perseguindo aqueles que praticavam tal religião.
Além disso, ele passou a aderir ao que foi chamado de Direito Divino dos Reis, concedia aos monarcas grandes poderes no governo do Estado. Porém, não se tratava de uma teoria política prática, e sim um aglomerado de ideias e crenças.
Com isso, Jaime I começa a mostrar um poder autoritário, onde a única opinião que interessava era a do rei, desagradando então o Parlamento.
Ele morreu em 1625, sendo sucedido pelo filho Carlos I, que permaneceu com os mesmos ideais do pai, além de mudar as tarifas alfandegárias e implementando o que foi chamado de Ship Money, que era o imposto cobrado anteriormente apenas em regiões portuárias, e com a chegada do novo rei passou a ser exigido em todas as cidades inglesas.
Após tantas desavenças entre o rei e o Parlamento, foi instalada uma Guerra Civil, quando o exército de Carlos I foi derrotado e ele foi executado, em 1649, após ser condenado por traição contra Inglaterra.
Exercícios 1) Acerte as corretas para responder: 2) Elementos usados na Arte Prè Histórica e outros conceitos ...